História da Chita

Aí vai um retalhinho da história da chita....

Há muito tempo os tecidos estão estampados em nossa história. 

Os índios, nativos dessa terra, sabiam fiar e tecer, para isso, usavam instrumentos feitos de galhos, dominavam também a arte do tingimento. Embora não cobrissem o corpo, confeccionavam redes de dormir e outros artesanatos que supriam suas necessidades.


Já os portugueses assim que chegaram  ficaram fissurados pela árvore do tronco vermelho - o pau BRASIL - esse tipo de pigmento era muito caro na Europa. Para dar cor à realeza a Mata Atlântica foi bastante explorada, dando inicio ao processo de uso insustentável dos recursos naturais, que somado à outras formas incorretas de relacionamento com a mãe natureza, resumiu a nossa floresta em cerca de 7% do tamanho original.  Entre os tantos achados de Vasco da Gama ao chegar na cidade de Calcutá, na Índia, em março de 1498, um em particular encantou seus olhos: os tecidos de puro algodão, estampados de motivos florais miúdos, listras ou xadrezes. Certo de que venderiam bem na Europa, levou-os na volta para Portugal, juntamente com as porcelanas, sedas, especiarias e outros produtos que os europeus cobiçavam.


Foram os mesmos europeus que trouxeram a chita para o Brasil, a partir de 1800, já aperfeiçoada pelos ingleses, portugueses e franceses. Depois ela passou a ser também produzida no Brasil, o que a barateou significativamente, tornando-a acessível e popular a ponto de transformá-la em um dos ícones da identidade nacional.


As flores delicadas e miudinhas dos tecidos indianos deram lugar à explosão de cores, formatos e tamanhos que hoje a caracterizam. Foi aqui, também, que as grandes flores receberam o fio negro de contorno que as delineia, além disso o chitão é uma invenção abrasileirada do tecido.

 

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